Há muito tempo, assisti a uma entrevista na TV com um motorista de ônibus. A matéria falava da vida estressante das grandes cidades. Depois de horas num engarrafamento medonho, o pobre homem desabafou: Não tem quem aguente esse trânsito sem ficar com o sistema nervoso.
Se você também anda com o sistema nervoso, com os nervos ‘da cor da pele’ ou simplesmente gosta de maracujás, dê uma chance a esse bolinho delícia – o bolo do Chico, que conheci pelas mãos da Fezoca. Ele é azedinho, doce na medida e incrivelmente aromático. E é moleza de preparar. Trouxe para o trabalho e não deu para quem quis.
Receita adaptada daqui
3 ovos
1 xícara de suco de maracujá (usei 2/3 de suco concentrado, 1/3 de polpa fresca de maracujá)
1 xícara de açúcar
2 colheres de sopa de manteiga amolecida
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 pitada de sal
Para a calda:
100g de polpa de maracujá
50g de açúcar
Preaqueça o forno a 185ºC. Unte com manteiga e polvilhe com açúcar uma forma média com furo no meio.
Bata no liquidificador os ovos, o suco de maracujá, o açúcar e a manteiga (se preferir, pode acomodá-los no copo apropriado e batê-los no hand mixer, que também dá certo!).
Em uma vasilha, peneire juntos a farinha, o sal e o fermento e misture com um fouet. Acrescente a mistura líquida e mexa bem, até que os ingredientes secos fiquem bem incorporados.
Despeje a massa na forma preparada e leve ao forno até o bolo ficar dourado e firme (faça o teste do palito). Remova do forno e acomode a forma sobre uma grade por uns 15 minutos, até que ela esfrie um pouco. Desenforme o bolo e deixe esfriar completamente.
Para a calda: em uma panelinha, leve ao fogo a polpa de maracujá e o açúcar – se a polpa estiver muito densa, pode acrescentar um tiquinho de água. Misture bem e deixe ferver até formar uma calda. Despeje sobre o bolo já desenformado.
Eu iria fazer este bolo só com o suco concentrado de maracujá (sabe aquele da garrafinha?), mas descobri que não tinha o suficiente, por isso usei um pouco de polpa de maracujá. Essa polpa fez toda a diferença – como eu triturei um pouco de sementinha junto, o bolo ficou com um toque crocante (mas nada exagerado). Das próximas vezes, farei sempre assim 🙂
Quanto à calda, ficou azedinha e linda. E emprestou um perfume maravilhoso ao bolo. Mas a receita original não pede calda, por isso, fique à vontade para dipensá-la.