Quando soube que haveria um lanche comunitário no trabalho em comemoração às festas juninas, cismei que iria fazer um bolo de paçoca. Não precisava ter paçoca na massa – bastava ter gosto de paçoca. E tinha de ser fofo. E cheiroso. E não muito doce, como a minha paçoca preferida.
Virei, mexi e acabei encontrando esta receita. Li, reli e resolvi apostar: com as devidas adaptações, o bolo prometia!
Pois bem, minha gente. O bolo não só prometeu como cumpriu. Ficou incrivelmente cheiroso, macio, fofinho, e acabou num piscar de olhos. Da próxima vez em que o preparar – que deve ser logo, para atender aos pedidos de quem não pôde prová-lo -, pretendo dobrar a quantidade de cobertura. O bolo é pouco doce e a cobertura dá um ‘tchans’. Se quiser fazer sem cobertura, também dá – mas recomendo aumentar um tiquinho a quantidade de açúcar na massa.
Receita livremente adaptada daqui
Para a massa
3 ovos
1 1/2 xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de óleo de canola (a receita original pedia 1 1/2, achei um exagero)
1 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
1 1/2 xícara (chá) de fubá
1 xícara (chá) de amendoim torrado e moído
1 colher (sopa) de fermento químico em pó
1 xícara (chá) de leite morno (a receita original pedia 1/2 xícara, aumentei para compensar a redução do óleo)
1 pitada de sal (adição minha)
Para a cobertura
1 xícara (chá) de leite
1/4 xícara (chá) de açúcar
60 g de paçoquinha (3 em formato de rolha ou o equivalente em quadradinhas) + 1 para desfazer sobre a cobertura
Sabe como preparar o amendoim moído? É simples, mas trabalhoso. Primeiro, numa assadeira grande, espalhe o amendoim cru, ainda com as casquinhas vermelhas, formando uma só camada. Leve ao forno a 180ºC e fique por perto, vigiando para que eles não queimem. O cheiro é um bom indicativo de que eles estão ficando prontos. Além disso, as casquinhas começam a estalar e a querer se soltar. Assim que perceber esses sinais, retire-os do forno e deixe-os em um local arejado para que esfriem.
Com os amendoins frios, é hora de retirar as casquinhas vermelhas de cada um deles. Você pode removê-las com as mãos ou esfregando um punhado de amendoins em um pano de prato limpo e seco. Feito isso, triture os amendoins no liquidificador ou no processador de alimentos. Não se empolgue – uma textura de areia grossa e solta já é mais do que suficiente. Se você processar demais, vai acabar fazendo manteiga de amendoim.
Pronto! Acabou a parte mais difícil da receita! Vamos em frente?
Na batedeira, em velocidade alta, bata os ovos com o açúcar e o óleo até formar um creme homogêneo.
Desligue a batedeira e acrescente a farinha de trigo, o fubá, o amendoim triturado, a pitada de sal e o leite. Misture delicadamente com uma colher de pau até que a massa fique uniforme. Por último, some o fermento e misture só até incorporar.
Despeje a massa em uma assadeira com furo no meio, untada e enfarinhada (usei uma forma com capacidade para 10 xícaras de massa). Leve ao forno preaquecido a 180ºC até que o bolo passe no teste do palito (meu forno não é dos mais valentes e, para mim, o bolo demorou pouco mais de 1 h para assar).
Deixe esfriar totalmente sobre uma grade para desenformar. Quando estiver quase frio, pode preparar a cobertura.
Em uma panela, leve ao fogo baixo todos os ingredientes da cobertura e mexa vigorosamente até engrossar (tenha fé, muita fé, pois demora – mas dá certo, eu garanto).
Espalhe a cobertura sobre o bolo pronto e salpique paçoquinha esfarelada por cima.