Tempo livre é algo que está cada vez mais escasso por aqui. Mas, para quem a gente ama, sempre dá para abrir um espacinho, né. Foi com essa bela intenção que eu aproveitei um pedacinho de tarde livre, um bocado de mandioquinha cozida e fiz esses pãezinhos para o hômi. Tinha uma lembrança remota de ele ter se queixado de não encontrá-los mais no supermercado onde costumamos fazer compras.
O hômi recebeu os pãezinhos com surpresa. Comeu dois de uma só tacada, elogiou, mas ficou com uma cara esquisita. Resolvi sondar o que estava acontecendo.
– Você não gostou dos pãezinhos?
– Gostei, sim! Estão muito bons.
– Estão muito diferentes dos que você comprava no supermercado?
– Estão, sim.
– O que exatamente está diferente?
– Os que eu comprava no supermercado eram de abóbora.
Receita minimamente do blog da querida Laurinha
500 g de farinha de trigo (pode ser que você use um pouco menos – vai depender da mandioquinha)
10 g de fermento biológico seco instantâneo
250 g de mandioquinha cozida e espremida
¼ xícara (chá) de leite
½ xícara (chá) de óleo de canola
1 colher (sopa) de manteiga
2 ovos
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de sal
Vou explicar como preparar esta receita na batedeira, o método que utilizei. Mas se preferir, pode fazer tudo a mão.
Combine o fermento a 300 g de farinha de trigo, misturando bem. Reserve.
Com a batedeira equipada com o gancho para massas, misture os demais ingredientes – mandioquinha, leite, óleo, manteiga, ovos, açúcar e sal. Quando a mistura estiver uniforme, acrescente a farinha de trigo misturada ao fermento às colheradas, com o batedor em velocidade baixa.
Quando a farinha com fermento for toda incorporada, a massa estará bem grudenta. Se a sua batedeira for valente (a minha é), acrescente mais 150 g de farinha, ainda às colheradas, batendo sempre em velocidade lenta. Se a sua batedeira já estiver pedindo arrego, transfira a massa grudenta para a superfície de trabalho e incorpore a farinha manualmente, sovando bem.
Quando a massa estiver lisa, elástica e sem grudar nas mãos, forme uma bola com ela e acomode-a em uma tigela grande, levemente untada. Cubra-a com um plástico (também untado) e deixe em local quentinho, protegido de vento e variações de temperatura.
Quando a massa tiver dobrado de volume, aperte-a com os punhos para extrair o gás acumulado e modele os pãezinhos como preferir (fiz bolotas de cerca de 50 g). Acomode em assadeira untada e enfarinhada, cubra com um pano de prato levemente umedecido (para não ressecar) e deixe crescer novamente até dobrar de volume.
Leve ao forno preaquecido a 180ºC por uns 25 minutos ou até que os pãezinhos fiquem dourados. Deixe esfriar por meia hora antes de comer.
“Por que eu preciso me torturar e esperar 30 infinitos minutos antes de comer o pão, Letrícia?”. Não brigue comigo, que tudo tem explicação. Assim que o pão sai do forno, ainda está bem úmido por dentro – se você tenta cortá-lo ou comê-lo, vai reparar que o miolo vai parecer meio grudento.
Se você conseguir esperar, o calor residual que está no pão vai cuidar de evaporar essa umidade. E tchanan, você terá um pão com miolo fofinho para comer!