Fazer bolo pro hômi é fácil #sóquenão. Não pode fruta (ok, cítricos são exceção). Não pode castanha. Não pode especiarias. Se puder pegar leve na lactose, melhor – então, não pode leite, doce de leite, creme de leite fresco, chantilly ou cream cheese.
Modos que, quando ele me pediu um bolo para comemorar a conclusão de um projeto importante no trabalho, eu já me programei para dedicar um bom tempo a pesquisar por uma receita. Fucei Pinterest, fucei Eat Your Books, fucei Google, mas nada me parecia bombástico o suficiente. Ah, sim, tinha esse detalhe: o bolo não podia ser numa assadeira comunzinha. Tinha que ser forma trabalhada. Um bolo daqueles que a gente até segura a respiração quando está diante dele.
Já estava me conformando em repetir alguma receita quando bati o olho no livro da Si, a diva do chocolate. Não podia ser melhor: os ingredientes são presença certa na minha despensa; “a massa é perfeita para formas decoradas metálicas”; e a receita é da Simone, gente. Não tem erro.
O preparo foi bem simples. Fiz na batedeira porque estava com saudade de colocar a Ferrari pra trabalhar. Mas acho que dá para fazer à mão também, basta um fouet e algum esforço. Deixei o bolo esfriar de um dia para outro, morrendo de medo de ele não desenformar direito depois de tanta espera. Mas ele saiu da forma feito mágica, lindo, perfeito. Como o hômi tem o lance dele com a lactose, fiz uma calda simples de cacau e açúcar e pincelei no bolo todo para obter esse efeito lustroso.
Infelizmente, não posso dizer o que achei do bolo, pois só provei a massa crua (meodeos, dá vontade de comer de colherzinha) e a calda (é a que sempre faço, deliciosa). Mas o hômi e os colegas de trabalho disseram que era o melhor bolo da vida.
Faça esse favor a você. Prepare esse bolo. Você não vai se arrepender. E agradeçam a Si por gentilmente ter autorizado a publicação dessa receita aqui.
Receita ligeiramente adaptada daqui
Para o bolo:
Cacau em pó e manteiga para a forma
160 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
280 g de açúcar
3 ovos grandes batidos
50 g de cacau em pó (usei o 100% extra brute da Barry)
120 ml de espresso ou café forte feito na hora (fiz uma cápsula de café lungo descafeinado)
280 g de farinha de trigo
8 g de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
240 g de iogurte natural integral
Para a calda de cacau:
125 ml de água
100 g de açúcar
15 g de cacau em pó
Ligue o forno a 180ºC. Unte caprichosamente uma forma de anel com capacidade para 10 xícaras de massa. Polvilhe com cacau em pó. Reserve (deixei a minha na geladeira).
Numa tigelinha, misture o cacau, peneirado, e o café fresco até que não haja grumos. Reserve.
Numa tigela média, peneire juntos a farinha, o sal e o bicarbonato. Misture com um fouet e reserve.
Na tigela da batedeira, junte a manteiga e o açúcar e bata até obter um creme claro. Adicione os ovos aos poucos. Com uma espátula de silicone, raspe as laterais da tigela da batedeira e adicione, alternadamente, a mistura de farinha, a mistura de cacau e café e o iogurte, batendo em velocidade média a cada adição, até obter uma massa homogênea.
Verta massa na assadeira preparada e leve ao forno por cerca de 1 hora ou até que o bolo passe no teste do palito. Retire-o do forno e deixe que esfrie por, pelo menos, 1 hora.
Quando o bolo estiver mais frio, desenforme-o cuidadosamente no prato de servir. Se quiser, polvilhe cacau em pó por cima dele e já estará lindão.
Mas, se quiser, faça a calda de cacau que eu sugeri: em uma leiteira grande, leve ao fogo alto os ingredientes da calda, misturando bem até ferver. Não se assuste: a calda sobe quando ferve. Quando isso acontecer, abaixe o fogo e continue mexendo. Ela vai continuar fervendo, mas sem tanta fúria.
A partir daí, mexa ocasionalmente até perceber que ela adquiriu consistência de calda de chocolate industrializada (uns 10 a 15 minutos). Desligue o fogo e regue o bolo. Se quiser espalhá-la em toda a superfície, como eu fiz, pode ser conveniente dobrar a receita (foi o que eu fiz). Use um pincel culinário para ajudar na tarefa.
2 Comentários Esconder comentários
Vou fazer. Para vê se é igual, o que comi em Salvador, na Bahia.
Já comi só não sabia, como,encontrar uma receita. Obrigada